O papel do BIM no PGRCC: 4 vantagens para a sua obra

Saiba qual o papel do BIM no PGRCC - Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, e quais os benefícios para empresas e meio ambiente.

A construção civil é um dos setores da indústria brasileira mais importantes para o desenvolvimento econômico do país, entretanto, destaca-se como um dos setores que mais gera resíduos, trazendo diversos impactos ambientais.  

O volume desses resíduos cresce continuamente à medida que a necessidade de desenvolvimento de moradias, saneamento básico, lazer e transporte tornam-se imprescindíveis à crescente demanda populacional. Nesse sentido, é vital que o setor se esforce para reduzir efetivamente os Resíduos de Construção Civil (RCC).   

A Lei 12.305 de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e determina que as empresas de construção civil, devem estabelecer planos de gerenciamento com ações estruturantes que garantam a coleta seletiva, recuperação e reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos.  

Com isso, as empresas geradoras de resíduos da construção devem elaborar seus Planos de Gerenciamento dos Resíduos, o PGRCC, visando a redução de desperdícios de materiais.   

A previsão adequada da quantidade de resíduos que um empreendimento gerará, antes da execução da obra é uma ação fundamental para garantir uma gestão eficaz.  

E o uso da Modelagem BIM, ainda que pouco utilizada para mensuração dos resíduos gerados em obra, vem como um aliado para gestão dos resíduos da construção, pois passa a existir como uma solução para quantificação mais precisa, refletindo positivamente durante a etapa construtiva.   

Mas o que é PGRCC?  

Esse termo vem da sigla Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, cujo papel consiste no planejamento de ações exercidas direta ou indiretamente nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados em obras, ou seja, abrange todas as etapas do ciclo de vida do resíduo.   

Figura 1 – Ciclo de vida dos resíduos sólidos. Fonte: FF Solutions 

A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) N° 307, publicada em 5 de julho de 2002, definiu diretrizes, critérios e procedimentos para o gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (RCC) além de instituir a obrigatoriedade de o empreendedor elaborar o PGRCC, devendo esse ser elaborado ao início das obras e executado durante toda a construção do empreendimento.   

As definições do PGRCC são alvos para alcançar ações viáveis e sustentáveis, garantindo a redução dos resíduos, o estímulo a investimentos em meio ambiente e promoções de práticas como reuso, reciclagem e recuperação do rejeito.  

4 benefícios do BIM no PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil:

Mas, antes de qualquer definição de ação do plano é importante definir a destinação final adequada dos resíduos de construção civil. E para isso, conhecer os resíduos que geramos nas obras é imprescindível.   

A Resolução CONAMA Nº 307 (BRASIL, 2002) classifica os resíduos da construção civil em quatro:   

Classe A

Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados provenientes de construções, demolições, reformas e reparos de obras de infraestrutura, edificações e de processos de fabricação de peças pré-moldada em concreto produzidos em canteiro de obras.

Exemplo: tijolos, blocos, telhas e revestimentos cerâmicos, solos provenientes de terraplanagem, blocos e tubos de concreto e argamassa.

Classe B

Resíduos que podem ser reciclados e ganhar outras destinações.

Exemplo: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso.

Classe C

Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação.

Exemplo: espumas expansivas, lixas, panos, fitas de amarração de blocos de concreto, telas de proteção e etc.

Classe D

Resíduos perigosos oriundos de processos de construção.

Exemplo: tintas, solventes, óleos, resíduos contaminados ou prejudiciais à saúde oriundo de demolições, reformas ou reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais, objetos e materiais que tenham amianto em sua composição.

Uso do BIM e Plano de Gerenciamento de Resíduos na Construção Civil 

A Modelagem BIM traz diversos benefícios ao integrar vários projetos em um único modelo, incluindo a facilidade no compartilhamento de informações, a identificação de processos críticos na geração de resíduos e a criação de estratégias de controle. 

Outras vantagens de investir em BIM e trabalhar com o Planejamento de Geração de Resíduos na Construção Civil: 

  1. Evitar multas 
  2. Prevenir acidentes de trabalho e garantir mais segurança aos trabalhadores 
  3. Proteger o meio ambiente 
  4. Maior responsabilidade social nos seus empreendimentos 

Com a quantificação precisa de materiais que serão usados na obra, análise de compatibilização e detecção de interferências antes da etapa de execução, reduzindo o retrabalho e perdas de material, e tomadas de decisão baseadas na informação durante todo o ciclo de vida do empreendimento, você agrega muito mais valor ao seu trabalho. 

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