
No oitavo episódio do I Love BIM Cast, exploramos como a Vale, está evoluindo seus processos de engenharia através da convergência entre o BIM e o GIS. Para este bate-papo, recebemos Wanessa Mezzomo e Priscilla Cordeiro, especialistas que lideram a frente de engenharia digital e geotecnologias na companhia, focando especialmente no setor de ferrovias.
Sobre as convidadas
Priscilla Cordeiro é engenheira civil com 12 anos de experiência, tendo iniciado sua trajetória em projetos de pontes e estruturas. Sua frustração com problemas recorrentes de prazo e coordenação na engenharia tradicional a levou a se apaixonar pelo BIM em 2016, buscando especialização internacional para liderar a transformação estratégica na área de ferrovias da Vale.
Wanessa Mezzomo também é engenheira civil, mas com um pé firme nas geotecnologias. Com mestrado em sensoriamento remoto, ela transicionou das antigas “mapotecas” físicas para o desenvolvimento de soluções GeoBIM e modelagem 3D voltada para cidades sustentáveis.
Destaques do episódio
A quebra de barreiras entre BIM e GIS (GeoBIM)
A integração entre o detalhamento técnico do BIM e a visão contextual do GIS (geoprocessamento) é o coração da estratégia da Vale. Priscilla e Wanessa discutiram como essa união permite otimizar recursos, como o reuso de dados de sondagens históricas, evitando a repetição de ensaios caros. O GeoBIM permite que o projeto seja visualizado em camadas, conectando dados ambientais, fundiários e de engenharia em uma única fonte de verdade.
Capacitação e liderança: o fator humano
Um dos grandes diferenciais da Vale foi o olhar para as pessoas durante a implantação tecnológica. Para vencer a barreira da “falta de tempo”, a liderança bloqueou as manhãs de sexta-feira exclusivamente para treinamentos das equipes. Além disso, houve um esforço consciente para envolver os gestores, criando discursos encorajadores que validam a importância da transformação digital para o negócio.
Sustentabilidade e transparência com a comunidade
O uso do GeoBIM tem um impacto social direto, as especialistas compartilharam como maquetes 3D e visualizações geográficas facilitam o diálogo com comunidades afetadas por obras de infraestrutura, como passarelas e viadutos. Essa transparência permite que moradores entendam exatamente como o terreno será impactado, gerando confiança e agilidade na aprovação de soluções socioambientais.


