O GIS (termo em inglês para Sistemas de Informações Geográficas – SIG) é um sistema que consegue conter e analisar informações de toda parte.
Se desejamos conhecer e fazer análises de informações espaciais, como por exemplo: analisar obras rodoviárias, ferroviárias, de artes especiais, obras e cadastros de redes subterrâneas de saneamento, redes de distribuição de energia, cadastro de redes dos sistemas de transporte público etc., o GIS contribui com a análise dessas informações.
Outras tecnologias, como a realidade aumentada, a realidade virtual, a internet das coisas e o BIM, também podem ser integradas ao GIS.
Provavelmente você já ouviu falar de realidade aumentada (AR) e talvez até a tenha experimentado em algum aplicativo no celular ou tablet. Ela não é imersiva como na realidade virtual (VR), mas proporciona vermos um cenário que pode se tornar real, o que significa que projetos podem ser vistos antes deles serem concretizados de fato, contribuindo para nossa percepção e entendimento de elementos no espaço, sendo um espaço físico do mundo real. E o GIS com certeza está lá, para ajudar a nos guiar no ambiente.
GIS no contexto da cidade
Imagine você em um jogo como Sim City, City: Skylines ou Roblox, que usassem espaços reais e proporcionassem análises da cidade, como simulações de tráfego, simulações dos sistemas de saneamento, densidade populacional, análise de sustentabilidade de um edifício (o que pode envolver inclusive o BIM), etc.
Quem sabe, em um futuro próximo será possível ver e analisar esses recortes da cidade real em um ambiente de realidade virtual, e atrelado ao GIS, que é fundamental para a compreensão do ambiente físico espacial em estudo.
Embora o GIS não seja muito notado na realidade virtual, mais predominantemente na realidade aumentada, ele contribui com a visualização e informação de pontos turísticos, a visualização de ambientes com estudos de layout, visualização de redes subterrâneas, visualização de cenários urbanos, como parques, ruas e avenidas etc.
A visualização virtual do local em que estamos é o que o GIS proporciona na realidade aumentada, por enquanto, sem as análises conhecidas do geoprocessamento, mas com a real localização do espaço.
Estudo de Caso: Túnel Ferroviário em Bergen Empresa Norconsult
Como um estudo de caso, a empresa Norconsult da Noruega inovou no setor de infraestrutura com o projeto de expansão do túnel ferroviário abaixo do Monte Ulriken em Bergen, ao usar jogos de realidade virtual para que operadores de trem fizessem o teste de “dirigir” pelo túnel antes dele ser construído para ajudar no posicionamento das sinalizações, essa ação contribuiu para tomar decisões preditivas de problemas no projeto.
O desenvolvimento do projeto em BIM e sua animação em um jogo de realidade virtual contribuíram para que os operadores de trem pudessem “conduzir” o veículo antes do início das obras, com isso, testar os sinais no trecho ferroviário.
Os engenheiros civis, por sua vez, conseguiram se beneficiar das experiências e conhecimentos dos maquinistas para melhorar as sinalizações, dessa forma, teve a aprovação necessária para a construção, que se daria de forma mais fácil e eficaz, além de trazer grandes benefícios e segurança para todos. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o estudo de caso disponível na Autodesk aqui.
Importância do GeoBIM
Tendo esse estudo de caso em mente, vale ressaltar a importância do GeoBIM.
Não podemos deixar de lado a localização do projeto e apenas trabalhar com o desenho ou modelo no espaço em branco; a sua coordenada é fundamental para o estudo do projeto e sua construção.
Saiba mais sobre a integração entre GIS e BIM
Podemos visualizar modelos BIM no ambiente GIS e ter as informações do modelo tais quais inseridas no software de engenharia utilizado para elaborá-lo.
Podemos ver a realidade aumentada e a virtual recebendo o BIM e o GIS como um modo de se aprofundar e melhorar a interação com o ambiente e o projeto, contribuindo com as informações de contexto vizinho e na eficiência e desenvolvimento de ações preditivas ainda no ambiente virtual.
Benefícios da integração GIS e BIM, AR e VR para a cidade e as pessoas.
Ao analisar os benefícios do GIS e do BIM no ambiente de AR e VR, podemos citar a agilidade em realizar manutenções de equipamentos, por exemplo, em redes subterrâneas, criar simulações do espaço de projetos que ainda estão em desenvolvimento e prever corretamente sinalizações ferroviárias, como vimos acima. Essas tecnologias contribuem para facilitar a compreensão de forma imersiva nos ambientes reais.
Como foi passado nesse artigo, o GIS e o BIM já estão caminhando juntos, assim como a realidade aumentada e virtual estão cada vez mais presentes no contexto da cidade, dos projetos, das construções.
Quando comentamos anteriormente de ter análises e simulações dos projetos no espaço real interagindo com elementos do entorno que não fazem parte propriamente do projeto, mas ao mesmo tempo são inseparáveis, falamos do CIM (city information modeling) que já é uma realidade quando tratamos o projeto integrado ao seu ambiente e consideramos ainda os dados que os pertence.
Segundo definição da BIM Community, o CIM (city information modeling) é a conexão dos modelos BIM com ferramentas de análise para a cidade, como por exemplo os dados abertos (disponíveis em portais que contém bases de dados geográficos), que permite ter o modelo de partes da cidade em 3D interativos e com conteúdo (dados).
O GIS atrelado tanto à realidade virtual quanto ao BIM estão caminhando e eventualmente se tornarão aliados ao planejamento urbano, a gestão da cidade, dos projetos e ao bem-estar das pessoas.