A construção civil é um dos setores da indústria brasileira mais importantes para o desenvolvimento econômico do país, entretanto, destaca-se como um dos setores que mais gera resíduos, trazendo diversos impactos ambientais.
O volume desses resíduos cresce continuamente à medida que a necessidade de desenvolvimento de moradias, saneamento básico, lazer e transporte tornam-se imprescindíveis à crescente demanda populacional. Nesse sentido, é vital que o setor se esforce para reduzir efetivamente os Resíduos de Construção Civil (RCC).
A Lei 12.305 de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e determina que as empresas de construção civil, devem estabelecer planos de gerenciamento com ações estruturantes que garantam a coleta seletiva, recuperação e reciclagem, tratamento e destinação final dos resíduos.
Com isso, as empresas geradoras de resíduos da construção devem elaborar seus Planos de Gerenciamento dos Resíduos, o PGRCC, visando a redução de desperdícios de materiais.
A previsão adequada da quantidade de resíduos que um empreendimento gerará, antes da execução da obra é uma ação fundamental para garantir uma gestão eficaz.
E o uso da Modelagem BIM, ainda que pouco utilizada para mensuração dos resíduos gerados em obra, vem como um aliado para gestão dos resíduos da construção, pois passa a existir como uma solução para quantificação mais precisa, refletindo positivamente durante a etapa construtiva.
Mas o que é PGRCC?
Esse termo vem da sigla Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, cujo papel consiste no planejamento de ações exercidas direta ou indiretamente nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados em obras, ou seja, abrange todas as etapas do ciclo de vida do resíduo.
A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) N° 307, publicada em 5 de julho de 2002, definiu diretrizes, critérios e procedimentos para o gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (RCC) além de instituir a obrigatoriedade de o empreendedor elaborar o PGRCC, devendo esse ser elaborado ao início das obras e executado durante toda a construção do empreendimento.
As definições do PGRCC são alvos para alcançar ações viáveis e sustentáveis, garantindo a redução dos resíduos, o estímulo a investimentos em meio ambiente e promoções de práticas como reuso, reciclagem e recuperação do rejeito.
4 benefícios do BIM no PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil:
Mas, antes de qualquer definição de ação do plano é importante definir a destinação final adequada dos resíduos de construção civil. E para isso, conhecer os resíduos que geramos nas obras é imprescindível.
A Resolução CONAMA Nº 307 (BRASIL, 2002) classifica os resíduos da construção civil em quatro:
Classe A
Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados provenientes de construções, demolições, reformas e reparos de obras de infraestrutura, edificações e de processos de fabricação de peças pré-moldada em concreto produzidos em canteiro de obras.
Exemplo: tijolos, blocos, telhas e revestimentos cerâmicos, solos provenientes de terraplanagem, blocos e tubos de concreto e argamassa.
Classe B
Resíduos que podem ser reciclados e ganhar outras destinações.
Exemplo: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso.
Classe C
Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação.
Exemplo: espumas expansivas, lixas, panos, fitas de amarração de blocos de concreto, telas de proteção e etc.
Classe D
Resíduos perigosos oriundos de processos de construção.
Exemplo: tintas, solventes, óleos, resíduos contaminados ou prejudiciais à saúde oriundo de demolições, reformas ou reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais, objetos e materiais que tenham amianto em sua composição.
Uso do BIM e Plano de Gerenciamento de Resíduos na Construção Civil
A Modelagem BIM traz diversos benefícios ao integrar vários projetos em um único modelo, incluindo a facilidade no compartilhamento de informações, a identificação de processos críticos na geração de resíduos e a criação de estratégias de controle.
Outras vantagens de investir em BIM e trabalhar com o Planejamento de Geração de Resíduos na Construção Civil:
- Evitar multas
- Prevenir acidentes de trabalho e garantir mais segurança aos trabalhadores
- Proteger o meio ambiente
- Maior responsabilidade social nos seus empreendimentos
Com a quantificação precisa de materiais que serão usados na obra, análise de compatibilização e detecção de interferências antes da etapa de execução, reduzindo o retrabalho e perdas de material, e tomadas de decisão baseadas na informação durante todo o ciclo de vida do empreendimento, você agrega muito mais valor ao seu trabalho.
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