COP30: tecnologias e o futuro das decisões climáticas

A COP30 passou e deixou uma mensagem clara: o desafio climático não é mais sobre “projeções para 2050”, mas sobre decisões que precisam ser tomadas agora, com base em dados, ciência, tecnologia e responsabilidade. Ter sido sediada no epicentro amazônico, onde o impacto climático é visível na paisagem, no ar, na economia e na vida das pessoas, reforça uma verdade incômoda: o clima não espera mais a política, mas será que a tecnologia pode acelerar as decisões que a política precisa tomar?

E é aqui que começa uma transformação silenciosa. Se antes discutíamos sustentabilidade a partir de relatórios e diagnósticos estáticos, hoje temos a capacidade de simular cenários, prever impactos, testar soluções e até “ensaiar” políticas públicas e estratégias corporativas antes que elas aconteçam no mundo real.

O palco dessa revolução é ocupado por tecnologias como: Gêmeos Digitais, IA e GeoBIM. Tecnologias que, quando bem integradas, deixam de ser ferramentas e passam a ser sistemas nervosos de tomada de decisão.

Adaptação climática: gêmeos digitais e IA para prever e decidir melhor

A COP30 reforça que adaptação climática precisa deixar de ser discurso e virar ciência, engenharia, planejamento e operação. E isso só é possível quando entendemos que eventos extremos não são exceções — são a nova normalidade.

Como gêmeos digitais simulam eventos extremos e riscos socioambientais

Da mesma forma, diversos municípios pelo mundo utilizam soluções Esri para monitorar risco climático, integrar dados meteorológicos e simular impactos de eventos extremos.

Imagine isso aplicado à Amazônia, ao litoral brasileiro ou às nossas metrópoles (Sendo mais amplo, em todas as regiões do Planeta): um painel único onde gestores possam visualizar, em tempo real, o comportamento das bacias hidrográficas, o risco de alagamento, avanço de queimadas, impactos na mobilidade ou na rede elétrica. Não é ficção, é tecnologia disponível e amplamente aplicável à realidade brasileira.

Bioeconomia e biodiversidade: monitoramento com GIS, IA e sensores orbitais

A COP30 trouxe outro ponto crucial: não existe transição climática sem floresta. E conservar floresta exige monitoramento contínuo, transparente e integrado, algo que antes parecia inalcançável, mas hoje já acontece através de plataformas de GIS, inteligência artificial e sensores orbitais.

No Brasil, o próprio governo tem avançado no uso de dados abertos e infraestrutura digital para monitorar uso da terra e apoiar ações climáticas. Estudo internacional destaca o modelo brasileiro de infraestrutura digital pública para combate às mudanças climáticas.

Empresas globais também já aplicam digital twins ambientais (florestais, costeiros, hidrológicos) para acompanhar emissões, biodiversidade e recuperação de ecossistemas.

GeoBIM: a visão integrada para infraestrutura sustentável e ativos naturais

A Symetri, integrando Autodesk + Esri, auxilia organizações a conectar BIM+GIS (GeoBIM) para que projetos de infraestrutura considerem não apenas o empreendimento, mas o ecossistema ao redor dele, com métricas de carbono, impactos, corredores ecológicos e indicadores de sustentabilidade.

Essa visão integrada (natureza, infraestrutura, dados e simulação) é o que pode guiar o Brasil a um novo modelo de bioeconomia e de política ambiental baseada em evidências.

Governança climática: dados confiáveis e gêmeos digitais para transparência

Se existiu um consenso na COP30, foi este: governança climática só existe quando há dados confiáveis, acessíveis e auditáveis. E isso vale para governos, empresas e sociedade.

A COP30 lançou iniciativas para combater desinformação e fortalecer a integridade da informação climática, reforçando que decisões precisam ser baseadas em evidência, não em narrativa e é nesse ponto que Gêmeos Digitais e IA se tornam elementos essenciais.

O papel da plataforma Info360 e soluções Esri na resiliência hídrica e governança

Com dados centralizados, simulações e modelos preditivos, empresas podem monitorar emissões, prever riscos operacionais e antecipar problemas antes que eles escalem para crises reais.

A Autodesk, por exemplo, com sua plataforma Info360, já permite que utilities de água usem IA para prever falhas, reduzir perdas e aumentar resiliência hídrica, a Symetri e a Esri apoiam autoridades em processos de governança digital, exigências de dados e padronização de informações.

A lição é clara: governos e empresas que estruturam sua governança digital agora estarão mais preparados para o futuro climático e mais aptos a demonstrar transparência, eficiência e responsabilidade.

Oportunidade histórica: liderança brasileira em GeoBIM e sistemas inteligentes de decisão

A COP30, ter sido realizada na Amazônia, coloca o Brasil diante de uma chance única de usar tecnologia de ponta para unir desenvolvimento, preservação e inovação. Temos território, biodiversidade, universidades, startups, grandes empresas e agora, uma vitrine global.

Cidades e organizações brasileiras podem liderar a aplicação de GeoBIM para infraestrutura sustentável. E é justamente nesse ponto que empresas como a FF Solutions podem desempenhar um papel importante, conectando tecnologia, metodologia e educação, em projetos de alto impacto.

O futuro climático exige mais que metas, exige sistemas inteligentes de decisão. A COP30 deixa um recado: não é a tecnologia que vai nos salvar, é o que fazemos com ela. Gêmeos digitais, IA e GeoBIM não são soluções mágicas, mas são ferramentas que permitem que governos e empresas tomem decisões melhores, mais rápidas e mais transparentes.

Em um país megadiverso, continental e cheio de desafios como o Brasil, decisões melhores fazem toda a diferença e a pergunta agora não é “quando vamos adotar essas tecnologias?”, mas: qual organização vai liderar essa transformação e qual vai ficar para trás?

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